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domingo, 25 de setembro de 2011

Gatos e pássaros


Pesquisadores estimam que só em Wisconsin, EUA, os gatos domésticos matem mais de 19 milhões de pássaros por ano. Um estudo na Grã-Bretanha mostra que 5 milhões de gatos domésticos matam todo ano uns 20 milhões de pássaros. Num esforço de deter a matança de pássaros raros, as autoridades municipais de Sherbrooke Shire, na Austrália, ordenaram que os moradores mantivessem os bichinhos de estimação dentro de casa durante a noite, ficando sujeitos a uma multa de 100 dólares em caso de infração. Nos Estados Unidos, nascem uns 35.000 gatos por dia. Mas, como diz a revista National Wildlife, o “estudo realizado em Wisconsin constatou que 94 por cento dos donos de gatos queriam pássaros canoros em sua propriedade e 83 por cento queriam aves de caça; no entanto, apenas 42 por cento estavam dispostos a reduzir o número de gatos para beneficiar essas espécies selvagens”.

Ave descoberta após a destruição de seu habitat

Na Venezuela, quando a ilha Carrizal — ilhota deserta no rio Caroni — foi desmatada para a construção de uma represa, descobriu-se um novo espécime de ave, relatou The Daily Journal, de Caracas. Era um pequeno fringilídeo sarapintado de azul, que vivia nos densos bambuzais impenetráveis da ilhota. Ele foi encontrado entre os espécimes de aves recolhidos antes de se remover as árvores e o restante da vegetação. Naturalistas esperam encontrar mais espécimes dessa ave em outros habitats vizinhos. Mas nesse meio tempo, disse o pesquisador Robin Restall, “estamos felizes de ter descoberto o semente iro, mas frustrados de saber que destruímos o seu habitat, ou esconderijo, de longa data”.

Mergulho na neve!

Várias aves aproveitam a propriedade isolante da neve para se manterem aquecidas enquanto descansam durante o dia ou dormem à noite. Entre elas estão à galinha-do-mato, o galo-lira, o lagópode e pássaros como o pintarroxo, o pilro-chilreiro e o pardal. Se a camada de neve for alta e macia, algumas aves mergulham nela, como uma ave marinha mergulha na água. Essa estratégia engenhosa não deixa nenhum rastro para predadores verem ou farejarem.
Uma vez dentro da neve, as aves escavam um abrigo horizontal de até 90 centímetros de comprimento, chamado kieppi em finlandês. Durante a noite, ventos apagam da superfície da neve quaisquer sinais de vida debaixo dela. Quando pessoas saem para fazer uma caminhada e chegam bem perto de uma dessas tocas aviárias, o ruído das pisadas alerta as aves. A resultante explosão de neve e o bater frenético de asas, a apenas alguns passos de distância, podem dar um bom susto em qualquer pessoa que caminha por ali.

Dormem com um olho


Uma notícia no abertoToronto Star mencionou que os cientistas há muito sabem que as aves podem, de vez em quando, espiar com um olho enquanto dormem o que serve para protegê-las de predadores. Novas descobertas indicam que as aves podem decidir se querem dormir com todo o cérebro ou mantiver um hemisfério acordado para orientar o olho que fica espiando. Estudos com patos selvagens que dormiam enfileirados revelaram que os patos no fim da fila passavam um terço do período de sono com metade do cérebro. acordado. Os que estavam no meio da fila só passavam 12% do tempo meio acordados. Parece que “quando a situação é arriscada, as aves dormem com mais freqüência com apenas metade do cérebro”, diz o professor Niels Rattenborg, da Universidade Estadual de Indiana, EUA.

O pombo

O pombo é forte, voador veloz, capaz de atingir velocidades superiores a 80 km/h. Seu instinto de retornar à casa faz com que desde tempos remotos seja usado para levar mensagens. Diferente de navegadores humanos que precisam usar cronômetros e sextantes para determinar a sua posição, os pombos-correio sabem quase que instantaneamente — à base de sua sensibilidade ao campo magnético da terra e pela posição do sol — em que direção voar, mesmo se forem libertados em território estranho a centenas de quilômetros de seu ponto de origem. Eles levam automaticamente em conta a trajetória do sol no céu, de modo que seu ângulo de vôo não erra.
Tão comum quanto galinhas em muitas partes da terra, os pombos diferem das aves domésticas não apenas na sua habilidade de voar, mas também na sua estrutura e em serem monógamos. Diferente do galo, o fiel pombo ajuda a fêmea na construção do ninho e na incubação dos ovos. Os pombos diferem de todas as outras aves na sua forma distintiva de alimentar os filhotes com o “leite de pomba”, um líquido leitoso produzido no papo das aves. Os filhotes de pombos, chamados de borrachos, são comumente usados como alimento em muitos países.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

O olho da águia


NA ESPANHA, na Alemanha, no Brasil e em outros países, diz-se que um homem de grande visão tem visão de águia ou é águia (vista de águila; Adlerauge). São expressões proverbiais com muito fundamento e que vêm de longa data. Há três mil anos.
Sobre o alcance da visão da águia, o livro The Guinness Book of Animal Records (Livro Guinness de Recordes de Animais) explica: “Em condições ideais, a águia-real (Áquila chrysaetos) consegue detectar os mínimos movimentos de um coelho a mais de dois quilômetros de distância.” Mas há quem creia que a águia enxergue mais longe ainda.
A acuidade visual da águia-real se deve em primeiro lugar aos dois olhos enormes que ocupam grande parte da cabeça. A obra Book of British Birds (Livro das Aves da Grã-Bretanha) observa que, ‘se os olhos da águia-real fossem maiores, seriam pesados demais e prejudicariam o vôo da ave’.
Em segundo lugar, a acuidade visual da águia se deve ao fato de o seu olho ter cerca de cinco vezes mais células fotorreceptores do que o olho humano — por volta de 1.000.000 de cones por milímetro quadrado, comparados com os 200.000 do olho humano. E como praticamente cada uma dessas células está conectada a um neurônio, o nervo ótico da águia, que transmite os estímulos do olho para o cérebro, contém o dobro de fibras do olho humano. Não é para menos que essas criaturas tenham uma percepção tão nítida das cores! E por último, há mais uma característica do olho da águia que supera em muito o olho humano. O olho das aves de rapina, assim como o de outras aves, é dotado de uma lente possante com capacidade para ajustar o foco rapidamente entre objetos a curta e a longa distância.
À luz do dia a visão da águia é imbatível, mas à noite não há como superar a visão da coruja — ave de rapina noturna dotada de olhos com numerosos bastonetes sensíveis à luz e um cristalino com superfície muito grande. É por isso que, à noite, a visão dela é 100 vezes melhor do que a dos humanos. Mas nas raras ocasiões em que há ausência completa de luz, a coruja passa a depender totalmente de sua audição aguçada para conseguir localizar a presa.

A Harpia em Ação

Visto que a harpia sempre conserva imponente distância entre ela e o observador, ela não revela com facilidade seus fascinantes segredos.
A harpia é um estudo solene em negro, cinza e branco. Imagine-a empoleirada, como uma estátua esculpida, no topo da mais alta árvore duma floresta. Elevando-se quase 1 metro, a fêmea adulta (um terço maior do que o macho) é a águia mais forte — e a maior — do mundo. Em tamanho e força bruta, é, na floresta pluvial equatorial, o inquestionável aka-granman, ou o “tirano das aves de rapina”, como os moradores da localidade respeitosamente a chamam.
Na verdade, a envergadura das asas da harpia é inferior à de aves de rapina que pairam nas alturas, como o condor. Mas o território da harpia oferece pouca oportunidade para ela pairar no ar; as manobras rápidas e alta velocidade são essenciais na densa floresta. E a harpia acha-se idealmente projetada para ser veloz. Batendo asas de modo forte e amplo, e planando brevemente do topo duma árvore para outro, rapidamente varre o dossel da floresta, ouvindo e observando os sinais duma presa.
Ali, sob um ramo de árvore, há uma preguiça! Acelerando rapidamente até atingir uns deslumbrantes 65-80 quilômetros horários, ela mergulha sobre sua vítima. Quando se acha a apenas alguns metros de distância da presa, a harpia vira de lado, arremessando plenamente suas garras. Agarra a preguiça, arrebata-a da árvore, e leva-a vitoriosamente — mostrando-se deveras “arrebatador”!
O súbito ataque aéreo, contudo, deixa o reino animal em polvorosa. Papagaios, porcos-espinhos arborícolas, gambás, cutias e coatis, todos somem dali — e com bons motivos. Todos eles estão incluídos no cardápio da harpia. Os mais tomados de pânico, porém, são os macacos. “Assim que os macacos avistam essa águia”, explica o Sr. Heyde, “eles soam o alarma. Berram no topo da voz, sabendo que se trata duma questão de vida ou morte. Tenho-os visto simplesmente deixar-se cair dos topos das árvores, como mangas maduras que caem no chão da floresta. Até mesmo os macacos cuatás-negros ficam terrivelmente assustados!”

Recorde de vôo “sem escala”

Cientistas do Serviço de Pesquisa Geológica dos EUA (USGS) anunciaram “o recorde do vôo mais longo ‘sem escala’ feita por uma ave terrestre”. Vários fuselos foram rastreados por satélites durante sua migração anual sobre o oceano Pacífico. Uma fêmea voou oito dias, sem parar, a distância de 11.650 quilômetros do Alasca à Nova Zelândia. Ao chegar, havia perdido 350 gramas, metade do seu peso, disse a revista The Week. Na viagem de volta, os fuselos voam da Nova Zelândia à China e daí ao Alasca — um total de 29 mil quilômetros, ida e volta. “Se um fuselo voa em média 29 mil quilômetros por ano”, disse o USGS, “então voará cerca de 460 mil quilômetros durante sua vida”.

O vôo em V das aves

Pesquisadores agora têm provas empíricas de que aves como gansos e pelicanos “voam em formação de V para vencer a resistência do ar e poupar energia em longas migrações”, disse o jornal londrino The Daily Telegraph ao comentar uma reportagem da revista Nature. Cientistas do Centro Nacional de Pesquisa Científica, em Villiers en Bois, França, contaram os batimentos cardíacos de oito pelicanos voando em V e compararam o resultado com o número de “batimentos das asas e seus padrões de vôo”. Chegaram à conclusão de que, quando eles voavam em formação, havia uma redução nos batimentos cardíacos e batiam menos as asas do que quando voava sozinhos, embora a velocidade fosse a mesma. Ao voarem em V, as aves da frente, “à medida que batem as asas, deixam atrás de si um redemoinho de ar ascendente” que sustenta as aves que vêm logo atrás. Esse posicionamento estratégico, uma atrás da outra, possibilita que “as asas de cada uma recebam a corrente de ar sustentadora produzida pelas pontas das asas da ave que a precede”, conforme explica outra fonte. Com isso, os grandes pelicanos-brancos chegam a poupar 20% mais energia do que quando voam sozinhos.

Andorinhões voam dormindo

Mesmo dormindo, os andorinhões conseguem voar e ficar dentro do seu território — sem que o vento os leve para longe. Para descobrir a técnica dessas aves, os ornitólogos Johan Bäckman e Thomas Alerstam, da Universidade de Lund, na Suécia, acompanharam seus movimentos noturnos com radar. Observaram um padrão de vôo específico que as mantém numa região restrita, segundo um artigo na revista científica alemã Bild der Wissenschaft. Elas voam grandes altitudes, até uns 3.000 metros, e depois diagonalmente contra o vento, mudando de direção a cada poucos minutos. Manter esse padrão rítmico faz com que se movimentem o tempo todo, de um lado para o outro do seu território. Observou-se também que, quando os ventos diminuem de intensidade, elas voam em círculos, dormindo.

Periquitos acham lindos cores bem viva

Como o periquito-australiano escolhe uma parceira? A resposta pode estar no brilho das penas bem coloridas, que contêm uma substância química que absorve a luz ultravioleta e a reflete em um comprimento de onda mais longo. Com isso as penas adquirem um brilho vermelho-amarelado fluorescente. O Dr. Justin Marshall da Universidade de Queensland, Austrália, e sua equipe, aplicaram filtro solar nas penas dos periquitos-australianos selvagens, reduzindo assim o efeito fluorescente. “As aves com as penas sem brilho se tornaram menos sedutoras aos olhos do sexo oposto”, disse o artigo no jornal The Sydney Morning Herald. Marshall acha que o brilho intenso deve indicar que a ave é de alta qualidade. Há outras criaturas com substâncias fluorescentes no corpo, mas segundo ele, o caso do periquito ‘é o primeiro no reino animal em que se constata o uso da fluorescência’, relatou o jornal.

Aos Olhos De Uma Ave

 As cores vivas e muitas vezes iridescentes das penas fascinam os humanos. Mas as penas podem ser ainda mais atraentes para as próprias aves. Algumas têm quatro tipos de cones ópticos que detectam as cores, ao passo que os humanos só têm três. Essa capacidade visual extra permite que as aves detectem a luz ultravioleta, invisível para nós. O macho e a fêmea de algumas espécies de aves parecem iguais aos olhos humanos, mas o modo como as penas do macho e da fêmea refletem a luz ultravioleta é diferente. As aves conseguem perceber essa diferença, o que talvez as ajude a identificar potenciais parceiros.

O vôo das aves requer mais do que penas

A perfeição das penas é só um dos problemas que os evolucionistas enfrentam, pois praticamente todas as partes da ave são projetadas para o vôo. Por exemplo, ela tem ossos leves e ocos, um sistema respiratório com uma eficiência fora do comum e músculos próprios para bater e controlar as asas. Tem até mesmo vários músculos para controlar a posição de penas individuais. E todos esses músculos são ligados por nervos ao pequeníssimo, mas espantoso, cérebro da ave, que é pré-programado para controlar todos esses sistemas de modo simultâneo, automático e preciso. De fato, além das penas, todo esse conjunto incrivelmente complexo é necessário para o vôo.

As várias funções das penas

A penugem de e finas penas compridas chamadas filo plumas ficam distribuídas entre as penas de contorno de muitas aves. Acredita-se que sensores na base das filo plumas alertem a ave de qualquer problema em suas penas externas e que até mesmo a ajudem a avaliar sua velocidade de vôo. As barbas da penugem de pó — o único tipo de pena que nunca pára de crescer nem passa pelo processo de muda — se desintegram formando um pó fino que supostamente contribui para a impermeabilização da plumagem da ave.
Entre outras funções, as penas protegem as aves do calor, do frio e da luz ultravioleta. Por exemplo, os patos marinhos parecem suportar bem os gélidos ventos oceânicos. Como? Debaixo da sua quase impenetrável cobertura de penas de contorno fica uma camada espessa de penas macias e felpudas chamadas penugem lanosa, que pode ter até 17 milímetros de espessura e que cobre a maior parte do corpo do pato. Essa penugem natural é um isolante térmico tão eficiente que nenhum material sintético já inventado se compara a ela.
As penas acabam se desgastando e então as antigas caem e nascem novas durante o processo de muda. Na maioria das aves, a muda das penas das asas e da cauda ocorre numa ordem previsível e equilibrada, mantendo assim a capacidade de vôo.

Considere o falcão e a águia

Os falcões ‘voam muito alto e estendem suas asas ao vento’. Citando o falcão-peregrino como a ave que voa mais rápido, o Guinness — O Livro dos Recordes diz que ele “é a mais rápida criatura viva, quando se arremessa de grandes alturas sobre uma presa em seu território”. Essa ave já chegou a atingir a velocidade de 349 quilômetros por hora ao descer num ângulo de 45 graus!
As águias voam a uma velocidade de quase 130 quilômetros por hora.

Aves que voam alto


 No dia 9 de dezembro de 1967, um piloto de avião avistou um bando de cerca de 30 cisnes-bravos voando em direção à Irlanda a uma incrível altitude de 8.200 metros. Por que estavam numa altitude dessas, onde a temperatura do ar é de aproximadamente 40 °C abaixo de zero? Porque além de evitar as constantes e repentinas tempestades de neve em altitudes mais baixas, eles também aproveitavam uma corrente de vento que os fazia voar a cerca de 200 quilômetros por hora. Estimou-se que as aves completaram seu vôo de 1.300 quilômetros da Islândia à Irlanda em apenas sete horas.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

“Dinossauros evoluíram em aves”?


 As aves são animais de sangue quente, os répteis são animais de sangue frio; as aves incumbam seus ovos, os répteis não; as aves possuem penas, os répteis, escamas; as aves possuem ossos ocos, os dos répteis são sólidos; as aves possuem mecanismos de refrigeração, os répteis não; as aves possuem um coração tetracamaral, os répteis, um tricamaral; as aves têm uma siringe para o canto, os répteis não a possuem.

Mortífero Comércio De Aves

Culpa-se o comércio de aves silvestres pela morte, todo ano, de milhões de aves — os cálculos chegando a atingir cem milhões de mortes. “Há uma taxa de mortalidade de, pelo menos, cinco aves silvestres capturadas para cada uma vendida viva”, afirma a revista sul-africana Personality. Para a captura de aves exóticas, alguns negociantes abatem árvores que abrigam ninhos e apoderam-se dos filhotes que conseguem sobreviver à queda. Outro método é atirar em um bando de aves com ‘chumbinhos’ e pegar as aves que caiam ao chão, com pequenos ferimentos nas asas. Daí segue-se a tarefa de manter vivas as aves e de transportá-las por via aérea a países distantes, aonde não raro chegam mortas. Que lucro poderia isso dar? Explica Personality: “Calcula-se que o número de aves negociadas, segundo estimativas conservadoras, seja de cerca de 5 milhões por ano. Mas este total não inclui o enorme número de aves contrabandeadas. . . Os apreciadores e os colecionadores de aves dispõem-se a pagar até US$ 250.000 por espécies cobiçadas, mas protegidas por lei.”

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

De Olho Nos Predadores

  Os olhos das aves são ao lado da cabeça para que rapidamente possam ver um possível predador, vindo de qual quer direção. Esta posição permite que antecipem todos os perigos de maneira privilegiada, sem a necessidade de olhar para trás. Permitindo as aves maior agilidade para uma fuga de urgência e um melhor controle do ambiente.

sábado, 6 de agosto de 2011

POMBOS - Praga Urbana

AVES DE RAPINA - AVES CARNÍVORA

Aves de rapina, o que são?
  As aves de rapina ("rapina" = raptar, aves que raptam) é um termo utilizado para caracterizar as aves carnívoras diurnas e noturnas que apresentam adaptações para a caça ativa. No geral, as aves de rapina possuem bico curvo e afiado, garras afiadas e fortes, além de serem dotadas de uma excelente visão. As corujas, além das características citadas, possuem uma audição bem sensível sendo capazes de localizar um roedor caminhando no solo na mais completa escuridão. Outra adaptação especial das corujas são suas penas de vôo macias, característica na qual evita turbulência no bater de asas garantindo um vôo silencioso que aumenta a eficiência nas caçadas.
  Encontrada em praticamente todos os continentes, as aves de rapina vivem tanto nas matas tropicais como nas montanhas mais elevadas. Tais aves apresentam uma grande variedade de formas e tamanhos, havendo tanto aquelas com pouco mais de 100 g como o gaviãozinho (Gampsonyx swainsonii) até representantes imponentes como o gavião-real (Harpia harpyja), que apresenta envergadura de quase 2 metros e fêmeas de até 9 kg.
Classificação
  Apesar das várias características compartilhadas, as aves de rapina não formam um táxon monofilético, pois agrupa aves pertencentes a linhagens distintas. Pertencem ao grupo das "Aves de Rapina" as seguintes Ordens: Accipitriformes (Águias e Gaviões), Falconiformes (Falcões e Caracarás) e Strigiformes (Corujas). Os urubus do Novo Mundo (Cathartiformes) são muitas vezes inseridos entre as aves de rapina, mas existem estudos que mostram que este grupo é mais relacionado aos Ciconiformes, diferentes dos Abutres do Velho mundo, que são da ordem Accipitriformes (Sick, 1997). Apesar disso, este site também aborda os urubus brasileiros, visto sua grande importância no meio ambiente, comportamento e morfologia parecida com as aves de rapina.
Numero de espécies
  Com base nos dados existentes, existem mais de 500 espécies de aves de rapina no mundo, 300 só de gaviões, falcões e águias (Accipitriformes e Falconiformes) e 212 só de corujas (Strigiformes). Não existe um número exato, pois alguns autores consideram alguns táxons como espécies enquanto outros cientistas classificam como subspéciés. No Brasil, existem 69 espécies de águias gaviões e falcões (sendo 48 da Ordem Accipitriformes e 21 de Falconiformes), 23 corujas (Strigiformes) e 6 espécies de urubus e, aliado aos outros países da região neotropical, concentra o maior número de espécies de rapinantes do mundo.
As aves de rapina brasileiras podem ser classificadas em 10 grupos:
Águias: As águias ou águias-de-campo são as espécies planadoras de grande porte da Família Accipitridae (táxons: Harpyhaliaetus coronatus e Buteo melanoleucus). De aparência robusta, as duas espécies desse grupo possuem asas longas e amplas e caudas de tamanho médio. No geral caçam em ambientes de vegetação aberta, sobrevoando um local até avistar a presa e atirando-se contra ela capturando-a com suas garras afiadas e fortes. A águia-chilena e a águia-cinzenta podem comer carniça ocasionalmente. Apesar de pertencer a Família Pandionidae, a águia-pescadora (Pandion haliaetus) é por vezes inserida neste grupo devido ao seu próprio nome popular e grande porte, esta é especializada na pesca.
Águias-florestaisGrupos dos accipitrídeos estritamente florestais de médio a grande porte e todos são possuidores de penacho (gêneros: Spizaetus, Morphnus e Harpia). Também de aparência robusta, suas asas não são tão longas, porém largas e cauda relativamente grande, aerodinâmica especializada em vôo ágil e boa manobridade dentro da floresta.
AçoresSão os accipitrídeos pertencentes ao gênero Accipiter. São excelentes caçadores, tem asas curtas, pescoço pequeno e caudas longas, aerodinâmica adaptada à caça através de emboscadas em áreas florestadas e bosques. Grande maioria das espécies brasileiras é especializada na captura de aves, como é o caso do Accipiter bicolor e do Accipiter striatus.
GaviõesSão os accipitrídeos de pequeno a médio porte pertencentes as Subfamílias Buteonine e Sub-buteonine. O termo abrange uma grande variedade de espécies. No geral possuem asas longas e amplas, ideal para planar. Costumam forragear sobrevoando a área de caça ou aguardando a presa a partir de um poleiro.
Gaviões-milanos: Grupo dos accipitrídeos da Subfamília Milvíne, Pernine e Elanine (Gêneros: Leptodon, Chondrohierax, Elanoides, Gampsonyx, Elanus, Rostrhamus, Helicolestes, Harpagus, Ictinia). Grande parte tem comportamento sociável, algumas espécies como o gavião-peneira, gavião-tesoura e outros, costumam nidificar em colônias. Possuem asas largas e pernas mais fracas, muitas espécies são insetívoras ou caçam pequenos vertebrados.
TartaranhõesGrupo dos accipitrídeos do gênero Circus. Possuem asas e caudas longas e pernas finas. A maioria usa a combinação de sua visão aguçada e audição apurada para caçar pequenos vertebrados, deslizando sobre suas longas asas e circulando a baixa altura sobre pântanos e alagados.
Caracaras: Pertencem a este grupo os falconídeos da Subfamília Caracanine (Gêneros: Caracara, Milvago, Daptrius e Ibycter). Ao contrário dos outros falconídeos, estes têm hábitos generalistas, alguns onívoros e não são caçadores aéreos, são lentos e muitas vezes consomem animais já mortos ou debilitados (há exceções).
FalcõesSão todos os falconídeos pertencentes ao gênero Falco (incluindo o Spiziapterix). São pequenos e ágeis. Possuem asas longas, afiladas e cauda curta, aerodinâmica especializada a vôos de caça em alta velocidade e para execução de manobras em frações de segundo. É neste grupo que está inserido o falcão peregrino, capaz de descer em vôo picado a velocidades que podem ultrapassar 250 km/h.
Falcões-florestaisSão os falconídeos florestais do gênero Micrastur (incluindo o Hepertotheres). São endêmicas das Américas, encontrado do México, América Central e grande parte da América do Sul. As maiorias são estritamente florestais (exceção ao Hepertotheres). Assim como os Açores, os falcões-florestais possuem asas curtas e caudas longas, aerodinâmica ideal para à caça em ambientes de floresta. Além disso, os Micrastus sp tem uma audição extraordinária, possuindo pequenos discos faciais semelhante aos das corujas. A maioria são difíceis de serem vistos, já que raramente voa acima do dossel da mata, são mais ouvidos do que vistos.
Corujas: São todos os membros da Ordem Strigiformes, a maioria possui hábitos noturnos, com incríveis adaptações utilizadas para caçar em condições de pouca ou nenhuma luminosidade, destacando-se sua excelente audição e sua visão especializada, além de sua plumagem especial que reduz a turbulência durante o vôo, possibilitando vôos extremamente silenciosos, de modo a não serem detectadas pelas suas presas. Diferentemente de boa parte das aves, a maioria das corujas não constrói ninhos, habitando buracos em árvores, tocos, edifícios e no solo, ou utilizando-se de ninhos de outras espécies. Neste grupo encontram-se as corujinhas-caburé (Glaucidium sp); as corujinhas-do-mato (Megascops sp); Mochos (Asio sp) e as Suindaras (Tyto alba).

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O Que Estão Acontecendo Com As Aves

   Estimativas de morte de aves causadas anualmente por atividades humanas nos Estados Unidos
    ■    Torres de comunicação – 40 milhões
    ■    Pesticidas – 74 milhões
    ■    Vidraças – de 100 milhões a 1 bilhão
  Destruição do habitat – desconhecido, mas possivelmente o fator mais prejudicial
 

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Bússola para pássaros

   Muitas aves navegam com extrema precisão por longas distancias e sob todas as condições atmosféricas. Como? Pesquisadores descobriram que elas têm percepção do campo magnético da terra. No entanto, as ”linhas de campo magnético [da Terra] variam de lugar para lugar e nem sempre apontam para o norte verdadeiro”, declara a revista Science. O que impede as aves migratórias de se desviarem dessa rota? Aparentemente, elas ajustam a sua bússola interna com o por do sol de cada dia. Uma vez que a posição do sol muda conforme a latitude e a estação do ano, os pesquisadores acreditam que essas aves são capazes de compensar tais mudanças por meio de um “relógio biológico que lhes diz a época do ano” diz a revista Science.

Como os pássaros reagem ao barulho

    Alguns pássaros fazem um esforço tremendo para superar os ruídos das cidades e assim serem ouvidos. Ao passo que o barulho urbano significa apenas um incômodo para os humanos, para os pássaros pode ser uma questão de “vida ou morte”, disse a revista New Scientistporque os machos catam para “atrair as fêmeas e para demarcar território”.
 Visto que o barulho nas cidades é mais alto  em baixas frequencias, alguns pássaros cantam
a noite ou então num volume ou freqüência mais altos para serem mais ouvidos. Segundo a revista, essa adaptabilidade não diz respeito apenas a pássaros urbanos. Aqueles que vivem perto de “cachoeiras rios com fortes correntezas também cantam em frequências mais altas”.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Imitação das asas da gaivota

    É claro que as asas dos aviões já imitam o formato das asas das aves. No entanto, recentemente, engenheiros levaram essa imitação a novos níveis. “Pesquisadores na Universidade da Flórida”, publicou a revista New Scientist, “construíram um protótipo de aeronave comandada por controle remoto, que tem a capacidade de pairar, descer e subir rapidamente como uma gaivota".
  As gaivotas realizam suas notáveis acrobacias aéreas flexionando as asas nas articulações do cotovelo e do ombro. Copiando o projeto dessa asa flexível, “o protótipo de aeronave, de 61 centímetros, usa um pequeno motor para controla um serie de varas de metal que movem as asas”, diz a revista. Essas asas projetadas de modo inteligente permitem que a pequena aeronave paire e mergulhe entre prédios altos. Alguns militares estão ansiosos  para desenvolver uma aeronave que tenha tal facilidade de manobra para uso na procura de armas químicas e biológicas em grandes cidades.