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sexta-feira, 5 de julho de 2013

As penas do pinguim-imperador



   
  O pinguim-imperador pode nadar e saltar numa plataforma de gelo numa velocidade impressionante.

  O pinguim-imperador captura o ar em suas penas. Isso não só o protege contra o frio, mas também faz com que ele nade duas ou três vezes mais rápido do que se não tivesse esse tipo de penas. Biólogos marinhos acreditam que isso acontece porque a ave libera minúsculas bolhas de ar retidas entre as penas. À medida que essas bolhas são liberadas, reduzem o atrito da plumagem do pinguim com a água, aumentando a velocidade dele.


 Engenheiros têm estudado formas de fazer navios mais rápidos por usar bolhas de ar para reduzir o atrito do casco com a água. Mas os cientistas reconhecem que é desafiador pesquisar isso mais a fundo porque “é difícil reproduzir a complexidade da plumagem do pinguim numa membrana ou malha artificial porosa"


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

De Olho na Vida Selvagem



    IMAGINE andar para lá e para cá com um transmissor de rádio — que permite que cada movimento seu seja acompanhado e analisado — preso nas costas. Uma fêmea de albatroz-gigante, chamada Sra. Gibson, sabe o que é isso. Satélites captam os sinais emitidos pelo seu minúsculo transmissor e os enviam para terra, permitindo que os pesquisadores a monitorem. Outras aves que levam equipamentos similares também são monitoradas. Os dados obtidos já revelaram fatos impressionantes sobre essas aves magníficas e espera-se que isso contribua para a preservação delas.


  Segundo divulgado pela Universidade La Trobe, de Victoria, Austrália, os pesquisadores descobriram que os albatrozes-gigantes voam em média mais de 300 quilômetros por dia; vez por outra podem voar quase 1.000 quilômetros num único dia. Essas aves podem medir, de uma ponta das asas à outra, quase 3,40 metros — a maior envergadura entre as aves atuais. Elas planam sobre o mar descrevendo uma série de arcos e cobrindo distâncias de mais de 30.000 quilômetros ao longo de vários meses. Estudos similares realizados nos Estados Unidos revelaram que um albatroz-de-laysan fez quatro viagens da ilha das Andorinhas, a noroeste de Honolulu, no Havaí, até as ilhas Aleutas, no Alasca, percorrendo bem mais de 6.000 quilômetros, ida e volta, a fim de buscar comida para o seu único filhote.

    Esses estudos de alta tecnologia revelaram também uma possível razão para o número de fêmeas de albatroz-gigante sofrer um decréscimo muito mais acentuado do que o de machos. Os padrões de vôo revelaram que os machos em idade reprodutiva tendem a pescar mais próximo à Antártida, ao passo que as fêmeas em geral se alimentam mais para o norte, em áreas onde operam navios de pesca de espinhel. As aves mergulham para pegar a isca atrás desses navios, são fisgadas e se afogam. Em alguns grupos em idade reprodutiva, há dois machos para cada fêmea. Outras espécies de albatroz também foram afetadas. De fato, em meados dos anos 90, cerca de 50.000 aves se afogavam por ano em águas da costa da Austrália e da Nova Zelândia por causa dos navios de pesca de espinhel, colocando várias espécies em perigo de extinção. O albatroz-gigante foi até mesmo declarado uma espécie ameaçada de extinção na Austrália. Devido às descobertas feitas, introduziram-se mudanças nas técnicas de pesca e reduziu-se a mortandade de albatrozes-gigantes. Mas a espécie ainda está em declínio em várias áreas de reprodução.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Comunicam-se Antes de Nascer

  Enquanto ainda estão na casca, alguns filhotes de aves anunciam sua chegada iminente. Soltam pipilantes trinados. Os filhotes de codorna fazem isso. Os pintinhos da galinha também. Depois de uma gansa ouvir os pipilos, ela “começa a comunicar-se com sua prole . . . Ela solta fracas chamadas de contato para os gansinhos dentro dos ovos, e estes últimos conseguem produzir várias chamadas diferentes, que indicam à mãe se eles se desenvolvem normalmente. Quando os filhotes produzem uma chamada triste, conhecida como ‘pipilo perdido’, a mãe responde com chamadas de contato como que para confortá-los, às quais os nascituros gansinhos às vezes respondem, por sua vez; com chamadas de cumprimentos.” Pouco antes de eclodirem os ovos dos gansinhos, o ganso macho toma uma posição junto ao ninho, possivelmente alertado por tais “papinhos”.

Por Que os Pés dos Pingüins não Ficam Congelados

  
 Ficam Constantemente sobre a neve ou sobre as banquisas de gelo, ou em águas geladas. Seus pés quase que se congelam, sem se congelarem efetivamente. Caso se bombeasse sangue quente neles, o sangue voltaria ao corpo resfriado. Dentro em pouco a perda de calor através dos pés seria tão grande que, não só os pés, mas todo o pinguim, ficaria congelado. Assim, engenhoso mecanismo de troca de calor equaciona o problema. As artérias que penetram nos pés são cercadas de veias que saem dos pés. Assim, o sangue frio que deixa os pés, por tais veias, recebe calor do sangue quente que desce pelas artérias. O sangue arterial assim resfriado é adequado para os pés, que possuem muitos tendões, mas poucos músculos — tendões frios podem funcionar adequadamente, ao passo que músculos resfriados não. Por meio desta engenhosa troca de calor, o corpo dos pinguins se mantém aquecido e seus pés não ficam congelados.

Audição Aguçada

   Muitos animais dispõem duma audição mais aguçada do que os humanos. À guisa de exemplo, a alta freqüência do assobio ultra-sônico pode ser ouvida por cães, mas não por pessoas. Cientistas da Universidade de Cornell, EUA, afirmam que as aves podem ouvir sons em distâncias muito maiores do que certa vez imaginávamos, talvez a centenas de quilômetros. Experiências demonstraram que os pombos-correios podem ouvir infra-sons. Trata-se de ondas sonoras que têm freqüência baixa demais para os humanos ouvirem, mas que percorrem milhares de quilômetros através da atmosfera. Imagina-se que tais sons talvez ajudem as aves a emigrar, ajudando-as a identificar caraterísticas da superfície, tais como ondas oceânicas que rebentam nas costas, ou ventos que sopram pelos picos montanhosos.